A jornada do café
Isabela Costa
| 06-12-2024
· Equipe de Alimentação
O café, a segunda bebida mais consumida do mundo, tem uma história cativante, remontando a uma descoberta acidental na região de Caffa, na Etiópia, por um pastor.
Esse pastor notou uma excitação anormal em suas ovelhas depois de consumirem frutas de uma árvore, resultando na descoberta acidental dos grãos de café. Reconhecendo seus efeitos estimulantes, o líder da abadia criou uma bebida a partir da fruta, permitindo que ele ficasse acordado durante longas orações noturnas.
Essa descoberta se espalhou entre os monges e além, marcando o início do consumo de café, a evolução do consumo de café se desdobrou em três estágios distintos. Inicialmente, o café era uma bebida simples e acessível, amplamente disponível para todos, com pouca distinção de sabor entre os vários tipos. A segunda fase viu os comerciantes de café buscando criar blends com sabores harmoniosos e doces.
O cenário do café tornou-se altamente especializado na terceira e atual fase. Cada tipo de café tem origens e histórias únicas e oferece sabores distintos, com a torrefação elevada a uma forma de arte para desbloquear as nuances sutis do grão de café, o teor de cafeína no café varia, com uma xícara regular tendo mais cafeína do que um volume equivalente de café expresso. Um expresso de uma onça geralmente contém cerca de 40 miligramas de cafeína, em comparação com aproximadamente dez miligramas por onça no café comum.
No entanto, o teor de cafeína é proporcional ao tamanho da porção; um expresso duplo de 2 onças contém 80 miligramas de cafeína, enquanto uma xícara de café de 12 onças tem cerca de 120 miligramas.
Duas variedades principais de café dominam o mercado: arábica e robusta. O robusta, considerado de menor qualidade, oferece sabores que variam de neutros a amargos e possui um teor de cafeína mais alto. Em contraste, os grãos de arábica exibem um espectro mais amplo de sabores, proporcionando um gosto mais matizado, mas exigindo uma cultivação mais intricada.
O Brasil lidera o mundo na produção de café, seguido pelo Vietnã e Colômbia. Durante a colheita de 2017-2018, o Brasil estava projetado para produzir 49,2 milhões de sacas com peso de 60 quilos, a maioria da produção de café do Brasil, consiste em grãos de arábica. No consumo, a Finlândia lidera a lista com impressionantes 12 quilos per capita por ano, seguida pela Noruega e Islândia. Segundo a Organização Internacional do Café, os Estados Unidos ocupam a 26ª posição.
Os pequenos agricultores contribuem significativamente para o fornecimento global de café, com cerca de 80% da produção total originária desses indivíduos. Aproximadamente 25 milhões de pequenos agricultores em todo o mundo são cruciais para sustentar a indústria do café. Alguns países, como o Brasil e o Vietnã, implementaram mecanismos eficazes de produção, garantindo um fornecimento constante.
Além de seu rico perfil de sabor, o café oferece inúmeros benefícios à saúde, potencialmente contribuindo para uma expectativa de vida prolongada. O café fervido contém altos níveis de antioxidantes e nutrientes essenciais como vitamina B2, magnésio e potássio. Estudos sugerem que o café pode melhorar o metabolismo, promover a queima de gordura, aumentar os níveis de energia e reduzir o risco de diabetes tipo 2, doença de Alzheimer e certos tipos de câncer.
A jornada do café, desde uma descoberta acidental na Etiópia até uma bebida globalmente amada, reflete sua história rica e diversificada. Com padrões de consumo em constante evolução, sabores variados e potenciais benefícios à saúde, o café continua a conquistar os corações e paladares de milhões em todo o mundo.